Cartas que eu não mando…

Nesse silêncio pressinto o sossego.

Da tua incompreensão eu tiro a esperança. Talvez a minha única, o resto são desejos ou sonhos.

Do olho inchado ao vinho quente, vejo tão distante e ao mesmo tempo tão presente a tua ausência. Esforça-te para ver que eu quero ao menos um ensaio do teu sorriso. E é só isso.

Um dia tudo isso deixa alguém esgotado. Acho que cheguei primeiro ou parti depois de teu suicídio. A luta encontra a espada, o punho se fecha, e… nada. A dor vem e eu sei que passa, de onde quer que tudo isso venha, o grito um dia vai virar fumaça. Eu deixo o abraço de outrem aliviar a dor que tua dor me causa, valorizar a tolice que tu enxergas e calar o que eu não manifesto…

Eu to atrasando o meu relógio e impondo o meu silêncio para tudo o que escolhi. Um dia eu hei de partir, não para fugir, mas para viver longe da bagunça que fazes com o meu coração. Sem desordem, sem aprovação, sem abrigo…

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